segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Esconderijo Secreto


É aqui que me escondo
Dos seres daquele lugar,
Vivos e imaginários
anseiam me alcançar.

Me olham estranho
Como se nunca houvessem presenciado
Coisa igual.
Será que me vêem como monstro,
Bandido, Mocinho,
Ou apenas trapo carcomido pelo tempo?

Não, não!
Acho que são apáticos,
Olham e não enxergam.
Vivem num mundo preto e branco
Com rotação movimentacional
Girando sempre numa só orbita.


Esses indivíduos
Ao qual meu pensamento se volta,
São vergonhosamente de minha espécie.
Como num gesto involuntário (ou não)
Aprisionam-se na mesma cadeia,
E por ora
Insistem em ser canibais.

Então corro e me escondo
Neste outro habitat,
Porque aqui tenho certeza
De que pertenço à sua cadeia.
Esses, quereirão apenas
Beber meu sangue,
Devorar minha carne
E nada mais.

aNE pECLAT

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